...Ao longo da corrente, as paisagens revelam-se e animam-se com os movimentos que dão forma ao espaço. Aqueles do quotidiano insípido e das felicidades efémeras, movimentos que suspiram ou dançam, que suportam ou desafiam o tempo, mas que eu acompanho sempre. E eu, ao ritmo das melodias, entrevejo-me e relato o meu percurso neste cenário... Em qual ? Na verdade já não sei bem, mas uma coisa é certa, aí estou. Invisto-me no espaço, crio relações nele, habito e desempenho um papel... Por outras palavras, sempre e quase sem me aperceber, com os meus pequenos passos ou os meus grandes movimentos, as minhas capitulações ou as minhas esperanças, eu edifico o meu território.